Tento
fugir, mas sempre sou coagido
Não há
como escapar
Eles
estão em todo lugar
Guardanapos,
versos de panfletos e etiquetas
Ofícios,
cartões, embalagens, até digitais
Pedaços
de papéis me seguem
Com
suas faces pálidas a serem tatuadas
Em sua
epiderme vegetal, posso dar forma ao meu animal
Me
seguro, conto até mil, mudo de assunto mental
Penso
numa parede negra, finjo que não tenho caneta
Mas
suas faces pálidas olham para mim
E eu...
as rascunho com minhas definições
Ora por
prazer, ora por lazer, ora por não ter o que fazer
Ora por
servidão, ora por devassidão, ora por privação
Nenhum
papel é solitário, abandonando, estando comigo
Eles
sempre portam meus rascunhos fixos.